É a quantidade de elementos capaz de ser processada cognitivamente pela mente humana. Essa quantidade se traduz no equilíbrio entre o processamento cognitivo pretendido e a capacidade cognitiva disponível e é central para o design de instruções que visam o aprendizado (ver nesse sentido Chandler, & Sweller, 1991; Mayer, & Moreno, 2003; Paas, Renkl, & Sweller, 2003).
Há fatores centrais que determinam a dificuldade do material a ser aprendido e essa dificuldade é desejável uma vez que a disfluência cognitiva (lentificação do processo de aprendizagem) leva a uma melhor aquisição do conteúdo por permitir que a reflexão e revisão do conteúdo trabalhado. (Bjork, 1984; Fitneva & Christiansen, 2011).
Saber dosar a quantidade de conteúdos a serem focados bem como a forma de aquisição da informação implica em um conhecimento sobre como adquirimos padrões organizados de conhecimento também conhecido por schemata. São esses padrões que possibilitam a automação do aprendizado (Sweller, 1988 e 1994). Esses conceitos são centrais para a conceituação do que se constitui dificuldade para o aprendizado bem como para a realização de atividades intelectuais,
A carga cognitiva pode ser intrínseca, quando diz com elementos pertinentes apenas à informação sendo trabalhada; e extrínseca, quando há necessidade da integração ou correlação com elementos externos ao conceito sendo trabalhado.
Sendo a carga cognitiva possibilitada pela capacidade da memória de trabalho, materiais educacionais que sejam bem feitos e diminuam as exigências cognitivas extrínsecas tendem a aliviar a exigência sobre os recursos atencionais recrutados pela memória de trabalho, melhorando o desempenho. (Wilson, & Wolf, 2009)
Referências
Bjork, R.A. (1994). Memory and metamemory considerations in the training of human beings. In J. Metcalfe and A. Shimamura (Eds.) Metacognition: Knowing about knowing. (pp.185-205). Cambridge, MA: MIT Press.
Chandler, P., & Sweller, J. (1991). Cognitive load theory and the format of instruction. Cognition and instruction, 8(4), 293-332.
Fitneva, S. A., & Christiansen, M. H. (2011). Looking in the wrong direction correlates with more accurate word learning. Cognitive Science, 35(2), 367-380.
Paas, F., Renkl, A., & Sweller, J. (2003). Cognitive load theory and instructional design: Recent developments. Educational psychologist, 38(1), 1-4.
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